‘Bordeaux made in Chile’? Vinícola busca qualidade francesa a preço de regional
Vinícola chilena Lapostolle aposta na produção de rótulos de alta gama para competir com grandes ícones europeus. Com foco no Brasil, a marca busca se destacar como uma alternativa mais acessível e de qualidade no mercado de vinhos.
A vinícola chilena Lapostolle, focada em rótulos de alta gama e inspiração francesa, busca se posicionar como alternativa acessível aos grandes vinhos europeus, especialmente de Bordeaux.
O CEO Charles de Bournet destaca que a verdadeira concorrência está fora do Chile, comparando seus vinhos aos de valores superiores a R$ 200. Ele afirma: “Temos vinhos que custam até um décimo de alguns Bordeaux e são até melhores”.
Na Mistral, o Clos Apalta da Lapostolle é vendido por R$ 2.257,60, enquanto um Château Margaux pode custar R$ 22.519,53.
O Brasil já é um dos cinco principais mercados internacionais da marca. Bournet observa que o consumidor brasileiro reconhece a qualidade e o bom preço dos vinhos Lapostolle, que se adaptam bem à gastronomia local.
A vinícola, com capital estrangeiro e região de Apalta como principal terroir, produz entre 1 e 1,5 milhão de garrafas anualmente. Entretanto, a produção não é focada em marketing, mas sim em vinificação francesa.
A Lapostolle já enfrenta desafios como a crise de consumo e barreiras comerciais devido às tarifas dos EUA, o que pode aumentar o preço final dos vinhos em até 30%.
Apesar da crise global, o mercado brasileiro tem demonstrado maior resistência. Bournet acredita que o impacto econômico no Brasil é menor comparado a outros países.