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Boom de ativos alternativos é visto como ‘caro e inútil’

Richard Ennis alerta que a atual valorização dos ativos alternativos pode ser um equívoco financeiro oneroso. Em seu estudo, ele defende que as taxas elevadas desses investimentos muitas vezes superam os retornos, levando instituições a um desempenho abaixo das expectativas.

Wall Street considera a atual fase como “era de ouro” dos ativos alternativos, mas Richard Ennis, consultor de investimentos, refuta essa ideia, classificando-a como um delírio custoso.

Ennis, que assessorou fundos de pensão e fundações, argumenta que a evidência de retorno financeiro sólido com investimentos alternativos é fraca. Ele afirma que esses produtos complexos, como capital de risco e private equity, têm taxas que corroem os benefícios.

No seu estudo, intitulado “O Fim dos Investimentos Alternativos”, Ennis destaca que as grandes fundações, que detêm 65% de seus ativos em investimentos alternativos, têm desempenho inferior aos fundos de pensão, com uma queda média de 2,4 pontos percentuais anualmente.

Enquanto a elite do setor o critica, investidores continuam a aplicar bilhões em hedge funds e private equity. Alisa Wood, da KKR, afirma que estamos em uma fase de crescimento para esses ativos.

Retornando da aposentadoria, Ennis adota uma abordagem matemática em sua análise, observando que quanto mais os investidores alocam em ativos alternativos, pior é o desempenho. As objeções a seus dados, incluindo a focalização em ganhos ao invés de gestão de risco, são rejeitadas por ele. Críticos também questionam a escolha de seu período de análise, começando em 2009, um período de alta para as ações.

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