Bombardeio aéreo e disparos de tropas israelenses matam dezenas em Gaza, dizem médicos
Conflito em Gaza continua a escalar, com ataques israelenses resultando em um número elevado de mortos entre civis. A distribuição de ajuda humanitária fica comprometida, gerando polêmica sobre a eficácia e a segurança do suporte oferecido.
Tiros e ataques aéreos atribuídos a Israel resultaram na morte de pelo menos 41 palestinos na Faixa de Gaza neste domingo (15), segundo autoridades de saúde locais.
Entre as vítimas, cinco estavam próximas a pontos de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (FHG). Médicos do Hospital al-Awda informaram que três pessoas foram mortas e dezenas feridas em um ataque perto do corredor de Netzarim.
Além disso, duas pessoas foram mortas em Rafah e sete na cidade de Beit Lahiya. Um ataque no campo de Nuseirat resultou em 11 mortes em uma casa.
A FHG retomou a distribuição de mais de dois milhões de refeições neste domingo, apesar da violência. As Nações Unidas criticam o sistema de distribuição apoiado por Israel, considerando-o inadequado.
A Cogat, agência israelense, afirmou ter facilitado a entrada de 292 caminhões com ajuda humanitária esta semana. Contudo, o Exército israelense busca evitar que a ajuda chegue ao Hamas, que nega acusações de roubo e critica Israel por usar a fome como arma.
Desde o início da operação da FHG em Gaza, o ministério da saúde local reporta 300 mortes e mais de 2.600 feridos em pontos de ajuda. O diretor do ministério, Munir al-Bursh, descreveu a situação como humilhação.
A guerra em Gaza começou há 20 meses após um ataque do Hamas a Israel, resultando na morte de quase 55 mil palestinos e devastação da região, que abriga mais de 2 milhões de pessoas.