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'Bolsonaro transformou audiência em plataforma política': como imprensa internacional noticiou depoimento de ex-presidente

Bolsonaro faz declarações polêmicas durante depoimento sobre suposto golpe de Estado. Ex-presidente é criticado por apoio a manifestações violentas e questionamentos sobre a lisura das eleições.

Depoimento de Jair Bolsonaro (PL) sobre suposto golpe de Estado é destaque internacional.

O The Guardian destacou que o ex-presidente usou a audiência para se defender e criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro nega plano de golpe, mas admite discussões sobre "vias alternativas" para ficar no poder após a derrota nas eleições de 2022, incluindo a decretação de um estado de sítio.

Ele reconheceu ter chamado o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de "idiota" e "canalha", mas pediu desculpas a ele e a outros juízes por alegações de fraudes eleitorais.

O Financial Times (FT) descreveu Bolsonaro como um "nacionalista cristão" aliado de Donald Trump e alertou que ele pode enfrentar "décadas atrás das grades" se for culpado. O interrogatório foi conduzido por Moraes, que é um dos alvo de planos de assassinato.

Já a BBC News ressaltou que Bolsonaro classificou um golpe como "abominável" em seu depoimento, sem reconhecer sua derrota eleitoral. Apoio militar a seus seguidores foi destacado, com acampamentos em frente aos quartéis.

A Al-Jazeera contextualizou a investigação da Polícia Federal, que resultou em um relatório de 900 páginas. Mesmo não estando no Brasil durante os eventos de 8 de janeiro, Bolsonaro é acusado de apoiar a violência como "última esperança" para anular a eleição.

O texto da Al-Jazeera destaca que é a primeira vez que um presidente brasileiro enfrenta acusações de golpe desde 1985. Bolsonaro está impedido de disputar eleições até 2030 e sua gestão durante a pandemia de covid-19 foi amplamente criticada.

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