Bolsonaro se diz contra o tarifaço de Trump e afirma que pacificou relação entre Eduardo e Tarcísio
Bolsonaro rebate acusações de tentativa de golpe e nega envolvimento em tarifa de produtos brasileiros. Ele também tenta pacificar conflitos familiares e critica ações da PGR e do STF.
Ex-presidente Jair Bolsonaro defende-se de acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre tentativa de golpe de Estado em 2022, afirmando que não teme prisão e responsabiliza Lula pela tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Em entrevista ao portal Poder360, Bolsonaro negou envolvimento com a sanção e criticou provocação de Lula a Trump, que chamou a ação de “caça às bruxas” em sua carta.
O ex-presidente destacou a boa relação entre o presidente argentino Javier Milei e Trump, que isentou 80% dos produtos argentinos de taxa.
Bolsonaro revelou que atuou para "pacificar" a relação entre seu filho Eduardo Bolsonaro e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, sugerindo diálogo sobre o tarifaço. Ele reconheceu que situação estava "saindo de controle".
Ele reafirma ser alvo de perseguição política e que não houve golpe, pois faltaram elementos como violência e apoio das Forças Armadas.
Bolsonaro admitiu ter discutido "estado de sítio", mas insistiu que sempre permaneceu dentro da Constituição.
Depoimento de ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, revelou uma minuta golpista. Bolsonaro criticou delação de Cid, alegando ameaças à sua família.
Questionado sobre prisão, o ex-presidente respondeu: "Não cogito prisão, não fiz nada para perder minha liberdade". Ele comparou possível prisão a um "estupro".
Na segunda-feira, a PGR pediu a condenação de Bolsonaro e outros sete por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Defesas negam acusações.