Bolsonaro rejeita articulação de Motta e pede ‘anistia ampla, geral e irrestrita’
Bolsonaro defende anistia irrestrita para os presos do 8 de Janeiro durante almoço com advogados de direita. A proposta surge em meio a articulações na Câmara e reuniões com o Executivo e o STF para discutir a revisão das penas.
Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira, 10, que busca uma anistia ampla, geral e irrestrita para os presos do 8 de Janeiro, não se interessando pela redução de penas.
A declaração ocorreu em um almoço com advogados de direita, criticando a OAB e o Judiciário. O presidente da Câmara, Hugo Motta, tem negociado com o Executivo e o STF sobre a revisão das penas dos condenados pelos ataques.
Na quarta-feira, 9, Bolsonaro e Motta se reuniram para discutir o tema. Motta já conversou com ministros do STF, mas resiste à pressão para pautar a anistia, pedindo pacificação nacional.
Bolsonaro vê um “ponto de inflexão” com o voto do ministro Luiz Fux, que considerou a redução de penas. Ele afirmou: “A modulação não nos interessa. O que nos interessa, sim, é anistia ampla.”
O ex-presidente elogiou o discurso de sua esposa, Michelle Bolsonaro, que pediu justiça e criticou o STF. Segundo informações, o PL está perto do número mínimo de assinaturas para votar a anistia, com 201 deputados a favor.
Bolsonaro defendeu Motta em meio a críticas de Silas Malafaia, que o acusou de não pautar o projeto de anistia.
Embora o discurso sobre a anistia tenha foco na reversão de condenações injustas, o projeto pode favorecer diretamente o ex-presidente, atualmente inelegível até 2030.
Bolsonaro inicia uma série de viagens ao Nordeste, com o primeiro destino em Rio Grande do Norte, buscando retomar apoio popular para a sua candidatura em 2026.