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Bolsonaro pressionou ministro da Defesa para relatório apontar fraude nas urnas em 2022, afirma Cid

Cid revela pressão de Bolsonaro por relatório eleitoral com teor político em depoimento ao STF. Interrogatório faz parte da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Tenente-coronel Mauro Cid declarou que Jair Bolsonaro pressionou o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para que um relatório sobre as eleições de 2022 fosse “mais político” e sugerisse possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.

Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, está sendo interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação sobre a tentativa de golpe de Estado, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Ao ser questionado sobre o relatório do Ministério da Defesa, Cid afirmou que Nogueira desejava um documento mais técnico, enquanto Bolsonaro pedia um teor mais político.

O relatório, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não encontrou fraudes, mas mencionou a possibilidade de “inconsistências”. A Polícia Federal e outras entidades confirmam a segurança das urnas.

A Primeira Turma do STF iniciou nesta segunda-feira os interrogatórios do chamado “núcleo crucial” dos acusados. Este grupo, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), liderou a trama para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Cid, que assinou um acordo de delação premiada com a PF em 2023, integra uma lista que inclui os ex-ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

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