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Bolsonaro orientou depoimento de Mourão no STF sobre tentativa de golpe, diz site

Bolsonaro coordena depoimentos de defesa no inquérito sobre tentativa de golpe, despertando preocupações jurídicas. A articulação prévia levanta indícios de possível obstrução de Justiça, apesar da ausência de coação explícita.

Jair Bolsonaro atuou pessoalmente para coordenar depoimentos de sua defesa no inquérito sobre a tentativa de golpe no final de seu governo.

Segundo o colunista Igor Gadelha, Bolsonaro fez uma ligação ao ex-vice-presidente Hamilton Mourão na véspera de seu depoimento ao STF. Ele pediu que pontos estratégicos fossem destacados, como a afirmação de que nunca ouviu menções a uma ruptura institucional.

O depoimento ocorreu em 23 de novembro, sob a condução do ministro Alexandre de Moraes. Mourão negou ser monitorado por militares envolvidos na suposta trama, contrariando delações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

  • Além de Bolsonaro, generais réus no inquérito indicaram Mourão como testemunha de defesa.
  • A escolha visa reforçar a narrativa de que não houve plano de golpe.

A articulação prévia do depoimento gerou preocupações jurídicas. Embora não haja evidências de ameaça, discutir previamente a fala de uma testemunha pode ser vista como obstrução de Justiça.

A conduta de Bolsonaro está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do STF. A caracterização de crime dependerá da demonstração de intenção de interferir na verdade processual, mesmo sem relatos de pressão direta.

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