Bolsonaro nega pressão a ex-ministro da Defesa sobre relatório das urnas
Bolsonaro reafirma sua posição durante depoimento ao STF, negando quaisquer pressões sobre o relatório das Forças Armadas. A investigação busca esclarecer sua suposta tentativa de influenciar as conclusões sobre fraudes nas urnas eletrônicas.
Ex-presidente Jair Bolsonaro negou, em depoimento ao STF nesta terça-feira (10.jun.2025), ter pressionado o general Paulo Sérgio Nogueira para incluir no relatório sobre as urnas eletrônicas a alegação de fraudes. Bolsonaro afirmou que sua relação com ministros era fraternal e não autoritária.
Durante a declaração, ele ressaltou: “Jamais pressionei qualquer ministro”. O referido relatório, enviado pelo Ministério da Defesa ao TSE, não encontrou indícios de fraudes nas eleições de 2022, embora não tenha descartado possíveis inconsistências.
Em delação, o tenente-coronel Mauro Cid alegou que Bolsonaro buscava que o relatório afirmasse a existência de fraudes. Cid afirmou que a versão final do documento foi um meio-termo entre as intenções do presidente e o trabalho técnico elaborado.
A 1ª Turma do STF começou na segunda-feira (9.jun) a interrogar réus da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Esses indivíduos seriam os responsáveis por tentar impedir a posse de Lula.
- Os interrogatórios devem ser concluídos até sexta-feira (13.jun).
- Os réus não são obrigados a responder perguntas, mas podem permanecer em silêncio.
- O general Braga Netto, em prisão preventiva, participa por videoconferência.
Os interrogatórios estão sendo transmitidos ao vivo pelo canal do STF no YouTube e pela TV Justiça. Todos os atos são públicos, mas a transmissão ao vivo não é comum.