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Bolsonaro 'habilidoso' ou 'excesso de deferência' a Moraes? Juristas se dividem sobre interrogatório amistoso no STF

Interrogatório de Bolsonaro marca clima amistoso no STF, com pedidos de desculpas e piadas. Juristas divergem sobre impacto nas acusações e imagem do ex-presidente junto a seus apoiadores.

Tensão entre Bolsonaro e STF se transforma em clima amistoso

O esperado interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorreu no dia 10 de junho, em um ambiente respeitoso e descontraído, apesar da tensão anterior com o ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro respondeu a todas as perguntas de Moraes, Luiz Fux, e da Procuradoria-Geral da República, sem invocar seu direito ao silêncio.

Estratégia dos advogados:

  • Buscavam evidenciar ações de transição de governo.
  • Refutaram acusações sobre minutas golpistas e envolvimento nos atos de 8 de janeiro.

Opinião de juristas:

  • Aury Lopes Júnior: Bolsonaro foi "habilidoso" e se expressou com clareza.
  • Rafael Mafei: Tom amistoso pode prejudicar a imagem de Bolsonaro com seus apoiadores.

Depoimento marcado por descontração:

Ambos concordam que o impacto do interrogatório no julgamento será limitado e Bolsonaro surpreendeu pela qualidade da sua comunicação.

Principais pontos do depoimento:

  • Negou envolvimento nos atos de 8 de janeiro.
  • Reconheceu reuniões que discutiram "alternativas" constitucionais, mas não houve encaminhamento.
  • Minimizou as minutas golpistas e negou convocação dos Conselhos que poderiam aprovar um estado de sítio.

O processo se aproxima da reta final, com a Primeira Turma do STF preparando-se para decidir com base nas provas coletadas. O juiz relator irá preparar seu voto após as alegações finais das partes.

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