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Bolsonaro era o “principal destinatário” da Abin paralela, aponta relatório da PF

Relatório da Polícia Federal revela que ex-presidente foi o principal beneficiário de ações clandestinas da Abin. A investigação aponta a utilização da agência para proteger familiares, atacar adversários e disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral.

A Polícia Federal (PF) concluiu que Jair Bolsonaro foi o principal beneficiário de ações clandestinas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo.

O relatório, divulgado em 18 de outubro pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, afirma que Bolsonaro era o “principal destinatário do produto das ações clandestinas”.

A operação da chamada “Abin paralela”, coordenada por Alexandre Ramagem, tinha três objetivos:

  • Proteger os filhos do presidente;
  • Atacar adversários políticos;
  • Produzir campanhas de desinformação contra o sistema eleitoral.

A PF destacou que recursos da agência foram usados para defender o voto impresso, envolvendo imagens de drones e registros de câmeras de segurança.

Além disso, a estrutura da Abin foi mobilizada para proteger pessoas próximas a Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro.

O relatório cita que Bolsonaro se beneficiou de informações obtidas pela Abin, como na live de agosto de 2021, onde divulgou dados sigilosos de um inquérito da PF.

O relatório também menciona a atuação da Abin em casos como o atentado a Bolsonaro em 2018 e o assassinato da vereadora Marielle Franco, extrapolando atribuições legais.

Ainda que 36 pessoas tenham sido indiciadas, Jair Bolsonaro não está entre elas, devido a ser réu no STF por outro processo relacionado a um golpe de Estado.

O relatório atribui responsabilidade direta a Bolsonaro pela estrutura ilegal, evidenciando um esquema de ataque às instituições democráticas.

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