Bolsonaristas dizem que decisão de Moraes censura ex-presidente
Aliados de Bolsonaro continuam a criticar Alexandre de Moraes após decisão que permitiu entrevistas do ex-presidente, mas impôs restrições sobre sua comunicação nas redes sociais. As declarações dos filhos de Bolsonaro e de líderes do PL ressaltam um conflito em torno de liberdade de expressão e possíveis violações da justiça.
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) criticaram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, após sua decisão que descartou a prisão do ex-presidente, apesar de considerar um descumprimento de ordem referente ao uso de redes sociais.
Os filhos de Bolsonaro, Eduardo (deputado licenciado) e Flávio (senador), chamaram Moraes de “censura” por proibir Bolsonaro de usar as redes sociais. Eduardo o chamou de "tirano covarde" e alegou que ele sofre tentativa de ser calado.
Moraes afirmou que Bolsonaro pode conceder entrevistas, mas a reproducão de trechos ilícitos pode resultar em prisão. Ele deixou claro que não permitirá atividades criminosas através de discursos manipulados.
Flávio afirmou que a decisão é "puro suco de censura" e pediu intervenção para Moraes, alegando que ele está "viciado em persegui-lo".
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, chamou Moraes de "psicopata de toga" e denunciou um estado de exceção camuflado no Brasil, alegando que Moraes age por raiva e busca controle.
Críticas também surgiram em relação a um erro gramatical na decisão inicial, que gerou ironias de políticos e influenciadores bolsonaristas. Uma versão corrigida foi publicada posteriormente.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, elogiou a revogação parcial das medidas contra Bolsonaro como um “gesto de bom senso”, criticando Moraes pelo uso autoritário do processo penal.