Bolsonarismo paulista rejeita candidatura de Ricardo Nunes ao governo de São Paulo
Ricardo Nunes enfrenta oposição da ala bolsonarista em São Paulo, que vê sua candidatura ao governo como um risco para o alinhamento conservador na corrida eleitoral. Aliados e críticos divergem sobre a viabilidade de sua candidatura, especialmente em relação ao futuro político de Tarcísio de Freitas.
Candidatura de Ricardo Nunes ao governo de SP enfrenta resistência bolsonarista
A candidatura de Ricardo Nunes (MDB) ao governo de São Paulo encontra forte oposição do bolsonarismo paulista. O grupo, que se ressentiu do apoio à sua reeleição, busca um nome com identificação clara com a direita para a sucessão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nunes, que afirma estar focado em seu mandato, já se movimenta nos bastidores para a disputa, mesmo com incertezas sobre a candidatura de Tarcísio à Presidência.
A tensão aumentou após o secretário Orlando Morando divulgar uma pesquisa mostrando Nunes na liderança. Bolsonaristas, incluindo o deputado Lucas Bove (PL), criticam sua movimentação e pedem que ele aguarde a decisão de Bolsonaro.
Os bolsonaristas temem que Nunes não tenha apoio suficiente para sua candidatura devido à resistência interna e à figura do vice-prefeito Ricardo Mello Araújo (PL), que não é bem visto entre os conservadores.
A resistência se intensifica com a falta de um posicionamento claro de Nunes sobre questões de Bolsonaro, especialmente após o ex-presidente ser alvo de operações da PF. Tenente Coimbra (PL) destaca que candidatos de direita devem ter posturas mais incisivas.
Nunes defende que “atacar aliados é reforçar a esquerda”, enquanto o presidente do PL em São Paulo minimiza a resistência, vendo normal a disputa entre partidos.
Alguns bolsonaristas, como o deputado Danilo Campetti (Republicanos), apoiam a candidatura de Nunes, mas o temor sobre a divisão de votos ideológicos persiste.
Aliados de Nunes creem que sua popularidade continua alta e que ele é o candidato ideal para unificar a direita em São Paulo, particularmente diante de possíveis disputas presidenciais.
O cientista político Elias Tavares observa que, embora Nunes tenha vantagens, o apoio de Tarcísio e a adesão bolsonarista serão cruciais para sua candidatura e que a renúncia do cargo pode impactar sua aceitação.