Bolsas sobem em Wall Street, mas clima de desconfiança faz rali parecer armadilha

Investidores em ações enfrentam novos desafios após rali no mercado.

Uma recuperação acentuada dos ativos de risco, motivada por negociações comerciais e resiliência econômica, traz alívio mas também preocupações.

Uma trégua de três meses nas tensões comerciais entre EUA e China permite que os investidores se sintam mais otimistas, apesar do risco de ações estarem supervalorizadas.

A equipe da TS Lombard observa que os mercados estão em "limbo" enquanto líderes tentam fechar acordos. A velocidade da recuperação do S&P 500 é comparável ao mercado durante a Covid em 2020.

Na segunda-feira, ações ligadas ao crescimento global aumentaram em resposta a uma onda de compras.

• Dados da Bloomberg mostram que muitos ativos de risco, que perderam até 60% desde fevereiro, estão em alta.
• Estratégias sistemáticas de investimento, que ignoram riscos de manchetes, estão impulsionando o mercado.

Mesmo investidores de varejo continuam comprando, embora os investidores profissionais ainda estejam com exposições leves no mercado.

Estratégias de seguimento de tendência, como os fundos CTA, estão ajudando na recuperação, mas sem pressa para aumentar posições.

Dados indicam que a compra de ações globais por hedge funds atingiu um dos maiores volumes em cinco anos, sugerindo que um "short squeeze" pode estar em andamento.

Indicadores técnicos mostram que o rali pode continuar, com resistência em níveis baixos.

No entanto, o forte rali traz riscos, pois preços mais altos podem aumentar a chance de uma reversão brusca. Fatores que impulsionam a alta ainda carecem de dados concretos.

Charlie McElligott, da Nomura, alerta que a situação pode mudar rapidamente, especialmente se novas tensões comerciais surgirem.