Bolsas nos EUA sinalizam queda após Moody's rebaixar nota de crédito do país
Mercados americanos reagem ao rebaixamento de crédito pela Moody's, refletindo preocupações com a dívida pública. Títulos do Tesouro registram aumento nos rendimentos, sinalizando desconfiança crescente entre investidores.
Índices futuros de ações dos EUA caem nesta segunda-feira, com rendimentos dos títulos do Tesouro subindo após o rebaixamento de crédito do país pela Moody's.
Os contratos futuros foram afetados da seguinte forma:
- Dow Jones: queda de 0,78%
- S&P 500: queda de 1,23%
- Nasdaq: queda de 1,61%
O rebaixamento foi de Aaa para Aa1, refletindo >preocupações com a dívida pública dos EUA. A Moody's atribuiu a situação à falta de contenção orçamentária pelos presidentes e pelo Congresso.
Com o governo debatendo novos cortes de impostos sem financiamento e a economia desacelerando, Wall Street teme um impacto negativo no mercado de títulos soberanos. Rendimentos dos Treasuries de 10 anos chegaram a 4,49%, enquanto um fundo do S&P 500 caiu 0,6% no pós-mercado.
Max Gokhman, da Franklin Templeton, afirmou que as taxas crescentes de juros podem exacerbar preocupações com a dívida e impactar o mercado de ações. Estratégistas do banco Wells Fargo preveem aumentos de 5 a 10 pontos-base nos rendimentos dos Treasuries.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, destacou a perda de confiança nas políticas econômicas dos EUA.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou a preocupação com a dívida, considerando o rebaixamento um indicador atrasado. A administração Trump pretende reduzir gastos federais.
Apesar da expectativa de novos cortes de impostos que podem aumentar a dívida, o rebaixamento não deve afetar significativamente os mercados, conforme analistas do Barclays. A demanda estrangeira por títulos do governo dos EUA ainda está forte, mas a atenção do mercado permanece alta após a notícia.