Bolsas de NY fecham em forte queda com aversão ao risco e guerra comercial
Tarifas elevadas entre EUA e China aumentam incertezas e afetam os principais índices da Bolsa de Nova York. Com perdas significativas em setores de energia e tecnologia, investidores enfrentam um cenário desolador e volatilidade crescente.
Queda nas bolsas de Nova York se intensifica nesta quinta-feira (10) após a Casa Branca anunciar tarifas de 145% sobre a China.
As incertezas da guerra tarifária impactam negativamente o interesse dos investidores por ativos de risco, resultando em quedas nos índices acionários:
- Dow Jones: -2,50%, fechando em 39.593,66 pontos
- S&P 500: -3,46%, fechando em 5.268,05 pontos
- Nasdaq: -4,31%, fechando em 16.387,31 pontos
Apenas o setor de bens de consumo básico ficou positivo com 0,19%. Os setores mais afetados foram:
- Energia: -6,4%
- Tecnologia: -4,55%
Destaques negativos incluem Tesla (-7,27%), Nvidia (-5,91%) e Meta (-6,74%).
A Warner (-12,53%) e a Disney (-6,79%) apresentaram resultados fracos após a China reduzir importações de filmes americanos.
Um relatório do Goldman Sachs indica alto risco de queda nas ações, com mais de 35% de probabilidade de correção nos mercados. Fatores como enfraquecimento macroeconômico e maior incerteza impactam negativamente.
Os economistas apontam para retornos futuros mais baixos para ações e maior volatilidade no curto prazo. Contudo, uma mudança na política econômica pode acelerar recuperações.
Os dados de inflação e emprego nos EUA não conseguiram aliviar o pessimismo. O CPI subiu 0,1% em março, e os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 223 mil, em linha com expectativas.