Bolsas de NY disparam com recuo de Trump sobre Powell e China; Tesla sobe 4% após balanço
Bolsas em Nova York reagem positivamente após declarações de Trump sobre o Fed e a guerra comercial com a China. A Tesla registra valorização mesmo com resultados financeiros mistos no primeiro trimestre.
Índices de ações das bolsas de Nova York disparam nesta quarta-feira (23) após o presidente Donald Trump amenizar ameaças ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e sugerir uma possível redução nas tarifas à China.
A às 10h51, o Dow Jones subia 2,62%, o S&P 500 avançava 3,35% e o Nasdaq tinha alta de 4,14%.
Trump afirmou que não pretende demitir Powell, após críticas que impactaram a independência do banco central e contribuíram para a queda nos ativos americanos no início da semana.
Após o fechamento das bolsas, Trump também declarou que as tarifas sobre exportações chinesas “não chegarão nem perto de 145%”, mas não serão zero em um possível acordo, aliviando temores sobre a guerra comercial.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que o status atual da guerra comercial “não é sustentável”. Na véspera, tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq subiram mais de 2% com rumores de alívio nas tensões comerciais.
A Tesla (TSLA; Nasdaq) teve valorização de 3% após divulgar resultados do 1º trimestre. Apesar de lucros e receitas abaixo das expectativas, Elon Musk anunciou que irá se dedicar menos ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), focando mais no seu negócio.
Analistas do Goldman Sachs consideraram o resultado da Tesla misto, apontando margem bruta automotiva acima do esperado, mas indicaram riscos devido a exigências tarifárias e inovação dos novos modelos.
Apesar dos riscos, a perspectiva de aumento nos lucros a longo prazo, impulsionada por receitas de software de direção auxiliar, leva os analistas a manterem recomendação neutra para as ações da Tesla.