Bolsas da Europa alcançam máximas de seis semanas com balanços e acordos comerciais
Bolsas europeias mostram forte recuperação com resultados positivos de grandes bancos e otimismo comercial, apesar de algumas quedas pontuais. Mercado aguarda reunião do BCE que mantém taxa de juros inalterada em 2%.
Bolsas europeias alcançam máxima de seis semanas nesta quinta-feira, impulsionadas por resultados positivos de empresas como Deutsche Bank e BNP Paribas, juntamente com otimismo em torno do acordo comercial entre União Europeia e Estados Unidos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,44% às 9h30 (de Brasília) e atingiu seu nível mais alto desde 11 de junho. A maioria das bolsas regionais operava em alta:
- DAX (Alemanha): +0,40%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,95%, alcançando recorde histórico
No entanto, o CAC 40 (Paris) caía 0,03% e o FTSE MIB (Milão) recuava 0,3%.
Os bancos se destacaram após lucros acima do esperado no segundo trimestre:
- Deutsche Bank: +5,8%
- BNP Paribas: +2,8%
O índice de bancos da zona do euro atingiu maior nível desde 2008, impulsionado pelos altos rendimentos dos títulos públicos.
O acordo comercial entre EUA e União Europeia deve estabelecer uma tarifa de 15% sobre importações, evitando uma taxa mais severa de 30%. Segundo Simone Ragazzi, gestor da Algebris Investments, isso será gerenciável para empresas exportadoras.
Além disso, foi destacado que a redução das tensões comerciais ajudou o Stoxx 600 a subirem 19% desde as mínimas de abril, embora o índice ainda esteja cerca de 2% abaixo do recorde de março.
Outras empresas também se destacaram:
- Roche: +0,8% após lucro operacional acima do esperado.
- Deutsche Telekom: +3% após bons resultados da T-Mobile.
- Nestlé: -3,4% após revisão estratégica no setor de vitaminas.
- STMicro: -10,5% após registrar primeira perda trimestral em mais de uma década.
Uma pesquisa indicou que a atividade empresarial na zona do euro acelerou mais do que o esperado, apoiada pela melhoria no setor de serviços e sinais de recuperação na indústria. A atenção agora se volta para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), que deve manter as taxas de juros em 2% após sete cortes consecutivos.