Bolsas Birkin feitas na China colocam em xeque autenticidade de luxo francês

Newsletter China - Edição de 15 de outubro

A autenticidade do rótulo "Made in France" foi questionada após o jornal Le Monde revelar que a produção das bolsas Birkin, da Hermès, é parcialmente realizada na China.

Embora a montagem final ocorra na França, terceirização de etapas como tratamento do couro e costura manual acontece em oficinas chinesas. Documentos mostram que partes fundamentais são enviadas da China para a França.

A Hermès afirma seguir as normas da União Europeia, o que permite a rotulagem nacional. Outras marcas, como Prada e Louis Vuitton, também enfrentam acusações semelhantes.

Essa revelação compromete a imagem do artesanato francês e levanta questões sobre a dependência da China na produção de luxo, afetando a confiança dos consumidores e reacendendo o debate sobre colonialismo industrial.

Além disso, o ex-presidente Donald Trump alertou que o fortalecimento das relações entre China e Vietnã visa prejudicar os EUA. A China não respondeu a essas declarações.

Após sanções dos EUA, Pequim anunciou restrições de visto a funcionários públicos americanos, classificando a medida como resposta a uma interferência interna.

Em Hangzhou, Jack Ma defendeu normas para o uso ético da inteligência artificial. Essas são suas primeiras declarações públicas após seu afastamento do cenário empresarial.

A AMD anunciou que iniciará ainda este ano a produção de semicondutores no Arizona, visando atender à demanda por servidores com inteligência artificial. Este movimento é financiado pelo CHIPS Act e representa um desafio à presença da China no setor.

Por fim, a Funcex lançou um curso sobre negociações com a China e as inscrições já estão abertas para o curso "Geopolítica Global e Trump", ministrado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.