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Bolsa Família tem maior queda de beneficiários desde 2023 com alta do emprego formal

Número de beneficiários do Bolsa Família atinge menor índice desde a reformulação do programa. Redução é vista como reflexo da recuperação econômica e aumento da renda das famílias, embora a informalidade permaneça um desafio.

Número de famílias atendidas pelo Bolsa Família caiu para 19,6 milhões em julho, o menor desde a reformulação do programa em março de 2023.

O recuo de quase 1 milhão de beneficiários em um único mês é atribuído ao aumento da renda domiciliar, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).

A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, afirmou que isso é um sinal positivo da recuperação econômica. Ela também mencionou a desinformação entre os beneficiários sobre perder o benefício ao assinar a carteira de trabalho.

Em junho, o programa atendia 20,5 milhões de famílias. A redução é comparável ao julho de 2022, quando eram 18,1 milhões de atendimentos.

Dos desligamentos em julho:

  • 536 mil famílias saíram após atingir o prazo máximo de 24 meses na regra de proteção;
  • 385 mil ultrapassaram o teto de meio salário mínimo per capita (R$ 706).

A regra de proteção permite que famílias com renda entre R$ 218 e R$ 706 ainda recebam 50% do benefício por 12 meses, devido à recente mudança no governo.

Cruzamento de dados mostra que 2,01 milhões dos 11,7 milhões de contratados de janeiro a maio de 2023 eram beneficiários do programa.

Os desligamentos atingiram 1,4 milhão, resultando em um saldo positivo de 606,4 mil vínculos formais, representando 57,7% do saldo de emprego no período.

A saída das famílias do programa não implica redução no alcance da política, com orçamento redirecionado a novos beneficiários em situação de pobreza.

O governo também conseguiu conter despesas, negociando um corte de R$ 7,7 bilhões na reserva do Bolsa Família para 2025.

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