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Bolsa deve ter o pior julho em quatro anos

Investidores estrangeiros retiram R$ 6,372 bilhões da Bolsa brasileira após anúncio de tarifas de 50% por Trump. O cenário elevado de incerteza e a Selic em 15% dificultam o retorno do capital externo, impactando negativamente o mercado.

Impacto das Tarifas de Trump no Brasil

No dia 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, resultando em saídas significativas de recursos da Bolsa brasileira.

A situação se agravou com R$ 6,372 bilhões em retiradas até 17 de julho, rumo a um dos piores meses de julho desde 2021. A alta tarifa faz do Brasil o país com a maior taxa na nova rodada de tarifas.

Investidores veem a questão tarifária como politizada, dificultando negociações e aumentando incertezas para a política monetária brasileira. O fiscal permanece sob vigilância devido à dívida governamental.

O economista-chefe do BV, Roberto Padovani, alerta sobre a incerteza geopolítica afetando os mercados, enquanto o Ibovespa teve um fluxo positivo de R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre, o melhor resultado em três anos.

Ruídos sobre a relação entre o Executivo e Legislativo, como a questão do IOF, e potenciais interferências de Trump no Federal Reserve (Fed), aumentam a cautela entre os investidores.

Com incertezas sobre as tarifas, a expectativa é de volatilidade nos ativos brasileiros. No entanto, o Bradesco BBI considera as ações brasileiras ainda como as mais baratas globalmente, com potencial de rali no segundo semestre de 2025.

Os principais fatores para o retorno de capital externo incluem a aproximação das eleições de 2026 e a possibilidade de um acordo tarifário entre Brasil e EUA, conforme afirmado por investidores como William Castro Alves e Eduardo Carlier.

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