Boletim Focus: analistas do mercado baixam estimativa de inflação em 2025 pela 8ª semana seguida, para 5,10%
Economistas ajustam previsões e indicam queda contínua na estimativa de inflação. Apesar da redução, níveis permanecem acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
Economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação pelo oitavo mês consecutivo.
As expectativas, de uma pesquisa com mais de 100 instituições, foram divulgadas no relatório "Focus" do Banco Central (BC) em 21 de agosto.
- Inflação 2025: estimativa caiu de 5,17% para 5,10%, acima da meta de 4,5%.
- Inflação 2026: expectativa baixou de 4,50% para 4,45%.
- Inflação 2027: permaneceu em 4%.
- Inflação 2028: recuou de 3,81% para 3,80%.
O sistema de meta de inflação é de 3%, com tolerância de 1,5% a 4,5%. O BC ajusta a taxa de juros para controlar a inflação, que pode levar de seis a 18 meses para ter efeito.
Em junho, a inflação ficou acima do teto, levando o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os fatores: atividade econômica aquecida, câmbio, custos de energia e anomalias climáticas.
Importância: A alta inflação diminui o poder de compra, especialmente de salários menores, pois os preços sobem sem correspondente aumento nos ganhos.
Produto Interno Bruto (PIB): a projeção para 2025 é de 2,23%, e para 2026 caiu de 1,89% para 1,88%.
Taxa de juros: as projeções permanecem:
Para 2025: 15%;
Para 2026: 12,50%;
Para 2027: 10,50%.
Outras estimativas:
- Dólar: R$ 5,65 em 2025, R$ 5,70 em 2026.
- Balança comercial: superávit de US$ 69,3 bilhões em 2025 e US$ 75,2 bilhões em 2026.
- Investimento estrangeiro: US$ 70 bilhões em 2025 e 2026.