BofA renova alerta sobre riscos de 'bolha para as ações'
Estrategistas do Bank of America alertam sobre a possibilidade de uma bolha no mercado acionário, impulsionada pela flexibilização da política monetária e pela crescente regulamentação financeira. As recentes quedas nas taxas de juros podem intensificar a volatilidade e elevar os preços das ações nos próximos meses.
Risco de bolha nos mercados de ações aumenta com flexibilização da política monetária e relaxamento da regulamentação financeira, segundo Bank of America (BofA).
A equipe liderada por Michael Hartnett destacou que a taxa básica de juros mundial caiu de 4,8% para 4,4% no ano passado, com previsão de queda adicional para 3,9% nos próximos 12 meses.
Ao mesmo tempo, bancos centrais dos EUA, Reino Unido, Europa e China buscam aumentar a participação de investidores de varejo. Hartnett comentou: “Maior varejo, maior liquidez, maior volatilidade, maior bolha.”
Ele previu que as ações internacionais superariam as dos EUA em 2024, e em dezembro já havia alertado sobre sinais de excesso após um rali em 2024, o que resultou em uma queda de até 18% no S&P 500.
Hartnett reafirmou em junho que as ações correm o risco de se tornar uma bolha devido aos cortes esperados nas taxas de juros.
Apesar das máximas históricas das ações dos EUA, impulsionadas pelo otimismo em relação ao crescimento econômico, o S&P 500 está atrás dos pares internacionais este ano.
Alguns analistas, como Michael Wilson do Morgan Stanley, mantêm o otimismo, citando o momentum positivo dos lucros e a robustez da economia.
No entanto, estrategistas do JPMorgan e do UBS alertam sobre a complacência em relação aos riscos comerciais.
O foco da próxima semana está na reunião de política monetária do Federal Reserve em busca de pistas sobre futuros cortes nas taxas de juros.