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BofA rebaixa recomendação das ações brasileiras para neutra pela 1ª vez em três anos

Bank of America reavalia suas expectativas para o mercado de ações brasileiro, apontando riscos na política e na economia que influenciam sua nova recomendação. Apesar de um desempenho positivo em 2025, o foco dos investidores muda para desafios domésticos e incertezas fiscais.

Bank of America (BofA) rebaixa ações brasileiras de “overweight” para “marketweight” pela primeira vez em três anos.

A decisão é justificada pela perda de tração nos gatilhos domésticos e uma visão cautelosa sobre commodities como petróleo e minério de ferro.

Entre os riscos para os ativos, destacam-se:

  • Ruídos políticos
  • Deterioração fiscal
  • Frustrações com a agenda de reformas

Apesar de uma valorização de 25% da América Latina em 2025, os indicadores técnicos do BofA estão menos favoráveis atualmente.

Atualmente, 67% das ações do Ibovespa operam acima da média móvel de 200 dias, enquanto 80% no índice MSCI América Latina.

O banco observa que o indicador de apetite por risco está próximo à euforia, sinalizando uma tendência de baixa.

Conforme o relatório, o foco dos investidores mudou para questões domésticas, como:

  • Cenário fiscal no Brasil
  • Atividade econômica
  • Reformas no México

Embora o BofA mantenha uma visão “dovish” sobre juros de curto prazo, prevendo a Selic a 11,25% em 2026, as preocupações fiscais e as eleições limitam o potencial dos ativos.

Entretanto, o banco observa que empresas estão ajustando seus balanços e sinais positivos foram vistos no primeiro trimestre.

O BofA prefere ações locais a setores de commodities pesadas e fez ajustes em seu portfólio:

  • Removeu Localiza (RENT3) e Assaí (ASAI3)
  • Reduziu a recomendação de Petrobras (PETR4) para neutra
  • Mantém Vale (VALE3) abaixo da média do mercado
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