Boeing está preparada para revender jatos destinados à China a outros clientes, diz CEO
Boeing busca novos compradores para jatos afetados por tarifas chinesas enquanto planeja aumentar produção do 737 Max. A empresa garante que não permitirá que as questões comerciais atrasem sua recuperação financeira.
A Boeing procura compradores alternativos para jatos destinados à China devido a uma disputa comercial com os Estados Unidos, conforme anunciado pelo presidente Kelly Ortberg.
A China rejeitou o envio de novos aviões após a implementação de tarifas de 145% pelo governo Trump. Isso deixou incertas cerca de 50 entregas de jatos programadas para este ano.
Ortberg afirmou que a empresa está trabalhando com os clientes e que, se não houver interesse, os aviões serão realocados para outros compradores.
A Air India já aceitou 41 jatos 737 Max originalmente destinados a companhias aéreas chinesas e está interessada em mais.
A Boeing retirou três aeronaves 737 Max de seu centro de entregas na China e planeja redirecionar as já concluídas.
Em relação aos resultados financeiros, a Boeing divulgou um desempenho melhor que o esperado no primeiro trimestre, utilizando US$ 2,3 bilhões em caixa livre e registrando um prejuízo de 49 centavos por ação, o menor em mais de um ano.
As ações subiram 8,7% após o anúncio, embora acumulassem queda de 8,2% no ano.
Ortberg declarou 2025 como “ano da virada” e destacou planos para aumentar a produção do 737 Max, visando um limite mensal de 38 unidades, com intenção de elevar o número para 42 ainda em 2023.
A Boeing se prepara para reverter o consumo de caixa em 2023 e espera atingir fluxo de caixa positivo na segunda metade do ano, apesar dos riscos relacionados às tarifas.
Ortberg ressaltou a demanda pelos jatos da Boeing, afirmando que não deixará que a disputa comercial atrapalhe a recuperação da empresa.