Boeing está no fogo cruzado da guerra comercial de Trump

CEO da Boeing, Kelly Ortberg, está colaborando com o governo Trump para evitar que a empresa seja afetada pela guerra comercial com a China.

Ortberg sugeriu que outros países devem comprar mais aviões da Boeing para equilibrar seus déficits comerciais com os EUA. Em entrevista ao Financial Times, declarou que o lançamento de uma nova aeronave para substituir o 737 Max não é uma prioridade, pois "o mercado não está pronto agora".

A Boeing, como maior exportadora da América, foi impactada pela guerra comercial, colocando em risco operações e cadeias de suprimentos. A reinício das entregas para companhias aéreas chinesas foi adiado após Trump acusar a China de recuar em acordos.

Ortberg ressaltou a natureza dinâmica das relações comerciais, prevendo que novos acordos serão benéficos e pedindo flexibilidade para evitar que a Boeing se torne uma "consequência não intencional".

Enfrentando desafios, Ortberg levantou US$ 21 bilhões em capital e lidou com uma greve significativa. Ele mencionou que a Boeing pagará menos de US$ 500 milhões em importações por ano, com a expectativa de que tarifas retaliatórias representem grandes ameaças.

A recuperação da Boeing está em andamento, com foco na estabilização. A produção de 38 737 Max por mês está em processo, e a empresa busca aumentar para 42 por mês após aprovação regulatória, visando gerar caixa.

Ortberg não espera um novo sucessor para o 737 Max em breve, devido a limitações financeiras e à disposição das companhias aéreas. Ele acredita que a Boeing estará pronta quando tiver recursos e tecnologia adequados.

Sobre o novo Air Force One, Ortberg comentou que Elon Musk provavelmente se afastará de suas funções, reconhecendo a complexidade dos requisitos do projeto.