Boca de urna não consegue indicar vencedor em eleição para presidente na Polônia
Pesquisa indica disputa acirrada entre Trzaskowski e Nawrocki, com definição do vencedor adiada para segunda-feira. Comparecimento recorde marca o evento eleitoral, considerado crucial para o futuro político da Polônia.
Pesquisas boca de urna na Polônia não definem vencedor do segundo turno presidencial, realizado neste domingo.
Após o fechamento das urnas, dois levantamentos mostram diferença inferior a 1 ponto percentual entre os candidatos:
- Rafal Trzaskowski (53), prefeito de Varsóvia, com vantagem numérica;
- Karol Nawrocki (42), historiador antissistema, promovendo uma campanha polêmica.
Trzaskowski declarou vitória, mas a margem de erro das pesquisas é de 2 pontos percentuais. O resultado final será conhecido na segunda-feira (2).
O comparecimento às urnas foi recorde, mas abaixo do pleito parlamentar de 2023, que trouxe Donald Tusk de volta como primeiro-ministro. A situação política é complexa: Nawrocki apoia o Lei e Justiça, o PiS, que tem limitação na atuação de Tusk.
A Polônia, potência na Europa, possui o maior orçamento de defesa da Otan, sendo fundamental no apoio à Ucrânia desde a guerra de 2022.
A ascensão da extrema direita é notável: o libertário Slawomir Mentzen atingiu 14,8% no primeiro turno, principalmente entre jovens. Na sequência, Grzegorz Braun teve 6,3% dos votos.
Trzaskowski surpreendeu no primeiro turno, com uma margem mínima sobre Nawrocki: 31,3% contra 29,5%.