Bitcoin e outras criptos pausam rali em meio a inflação dos EUA
Bitcoin apresenta leve queda após divulgação do CPI dos EUA, enquanto analistas apontam correção de preços. Expectativas sobre a inflação e juros do Federal Reserve impactam o mercado de criptomoedas.
Bitcoin (BTC) opera em leve baixa nesta terça-feira (13), após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA referente a abril. A inflação cresceu 0,2%, totalizando 2,3% na base anual, em linha com as expectativas dos economistas.
Destaque para o núcleo da inflação, que aumentou 0,2%, abaixo da previsão de 0,3%. Essa leitura é positiva e pode estimular compras nos mercados de renda variável.
Após o acordo entre EUA e China para reduzir tarifas por 90 dias, a expectativa é de menor pressão inflacionária, abrindo caminho para o Federal Reserve (Fed) considerar cortes nas taxas de juros. Entretanto, o presidente do Fed descarta cortes para a reunião de junho.
Perto das 9h41 (horário de Brasília), o bitcoin cai 0,3%, cotado a US$ 103.728. O ether teve queda de 1,4%, a US$ 2.515. O valor total de criptomoedas é de US$ 3,45 trilhões, e o bitcoin em reais apresenta desvalorização de 0,8%, a R$ 588.687.
Entre as altcoins, o XRP cai 1,4%; solana perde 1%; e o BNB recua 5,4%.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, a correção no bitcoin é natural após a alta de 25% em abril e maio, indicando realização de lucros. Contudo, os riscos econômicos do tarifas ainda não estão totalmente visíveis no CPI.
A analista Ana de Mattos sugere que, em caso de forte realização de lucros, o bitcoin pode corrigir até US$ 101.300 e US$ 91.900. Sem correção, pode buscar níveis de US$ 108.200 e US$ 112.800.
Nos ETFs de bitcoin à vista, foi registrado um saldo positivo de US$ 5,2 milhões, com o IBIT da BlackRock liderando o fluxo de capital. Já nos ETFs de ether, houve saída de US$ 17,6 milhões, principalmente para o ETHE e o FETH.