Bitcoin cai e corrige parte dos ganhos dos últimos dias, mas segue acima dos US$ 92 mil
O bitcoin corrige após forte alta e enfrenta pressões devido a incertezas nas tarifas comerciais entre os EUA e a China. Especialistas apontam que a falta de novos estímulos macroeconômicos pode afetar a tendência do ativo no curto prazo.
Bitcoin (BTC) opera em queda nesta quinta-feira (24), corrigindo ganhos recentes após atingir US$ 94 mil.
Comentários conflitantes de autoridades dos EUA sobre a guerra comercial afetaram o otimismo no mercado. Uma notícia indicava a possibilidade de reduzir tarifas sobre mercadorias chinesas, mas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, negou essa informação.
Perto das 10h24 (horário de Brasília), o bitcoin caiu 1,3%, cotado a US$ 92.776. O ether caiu 3,3%, a US$ 1.755. O valor de mercado total das criptomoedas é de US$ 3 trilhões e, em reais, o bitcoin desvalorizou 1,6%, a R$ 527.429.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o bitcoin faz uma pausa após quatro dias de altas consecutivas, sem novos gatilhos macroeconômicos. Já André Franco, CEO da Boost Research, acredita que a correção reflete a correlação com os mercados tradicionais, sugerindo estabilidade no curto prazo.
Guilherme Prado, da Bitget, destaca que o bitcoin precisa manter-se acima de US$ 90 mil a US$ 93.200 para retomar uma tendência altista, com resistências projetadas em US$ 96.700 e US$ 104.425.
Entre as altcoins, o XRP caiu 5,2% a US$ 2,17, a Solana teve perdas de 2,9% a US$ 148,62, e o BNB recuou 2,5% a US$ 597,70.
Nos ETFs de bitcoin nas bolsas americanas, foi registrado um saldo positivo de US$ 917 milhões em capital, com destaque para o IBIT da BlackRock, que teve US$ 643,2 milhões em compras líquidas. Em contraste, os ETFs de ether tiveram um fluxo negativo de US$ 23,9 milhões.