Bitcoin cai 3% após China impor tarifas de 84% contra os EUA
Crise comercial entre EUA e China resulta em desvalorização do bitcoin e outras criptomoedas. A incerteza no mercado financeiro gera vendas intensificadas de ativos digitais, refletindo um cenário econômico instável.
Queda do Bitcoin em meio às tensões comerciais:
O bitcoin (BTC) teve uma forte queda de 3,3% nesta quarta-feira (9), cotado a US$ 77.084. A desvalorização ocorre após a China impor tarifas de 84% sobre produtos americanos, em resposta ao aumento de 50% das taxas dos EUA sobre mercadorias chinesas.
A União Europeia também anunciou um pacote de retaliação, aplicando 25% de taxas sobre produtos americanos, somando mais de 20 bilhões de euros em tarifas.
Com as incertezas e possíveis impactos na economia global, as criptomoedas, considerados ativos de risco, estão sendo penalizadas. O ether recuou 6,1% para US$ 1.468 e o mercado total de criptomoedas é de US$ 2,52 trilhões.
Desempenho das altcoins:
- XRP: -7,5%, a US$ 1,80
- Solana: -5,1%, a US$ 104,88
- BNB: -1%, a US$ 556,29
O analista Beto Fernandes afirma que as tensões entre EUA e China afetam a confiança dos investidores. O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA (treasuries) com vencimento em 10 anos alcançou 4,45% ao ano, desafiando sua reputação de porto-seguro.
Nos ETFs de bitcoin à vista, houve um saldo negativo de US$ 326,3 milhões, com destaque para o IBIT da BlackRock, que teve um saldo negativo de US$ 252,9 milhões.
O fluxo de ETFs de ether foi negativo em US$ 3,3 milhões, com o FETH da Fidelity registrando a maior saída de capital.