Bitcoin acumula queda de 2,6% em 7 dias, mas caminha para fechar maio com ganho de 12%
Bitcoins enfrentam queda enquanto ethers registram ganhos, com o mercado reagindo a dados inflacionários e incertezas comerciais. O saldo negativo nos ETFs de bitcoin interrompe uma sequência de entradas de capital, destacando a volatilidade atual.
O bitcoin (BTC) opera em queda de 2,6% nesta sexta-feira (30), acumulando perdas de 2,6% na última semana.
Já o ether (ETH) registra ganhos de 2,4% no mesmo período. No mês, o BTC valorizou 12,1% e o ether 45,3%.
As criptomoedas seguem o desempenho negativo dos ativos de risco, mesmo após a divulgação do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) dos EUA, que cresceu 0,1%, alinhado às expectativas.
Um recuo nos preços das moedas digitais começou após uma Corte de Apelações dos EUA derrubar uma decisão que considerava ilegais tarifas aplicadas pelo ex-presidente Donald Trump. Isso reacendeu os temores de uma guerra comercial prolongada.
Perto das 10h27 (horário de Brasília), o bitcoin está cotado a US$ 105.626, com uma queda de 2,6%, enquanto o ether cai 3,2% a US$ 2.607.
O valor de mercado total das criptomoedas é de US$ 3,45 trilhões. Em reais, o bitcoin desvalorizou 2% a R$ 605.228.
Entre as altcoins:
- XRP: -4,5% a US$ 2,20
- Solana: -5,5% a US$ 162,69
- BNB: -2,1% a US$ 670,45
Vinicius Bazan, CEO da Underblock, menciona que os preços “estacionaram” para consolidação, apontando um final de maio potencialmente positivo e um alvo de US$ 120 mil para o bitcoin.
Por outro lado, Guilherme Prado, da Bitget, ressalta que o vencimento de US$ 11,5 bilhões em opções de BTC aumentou a volatilidade. O Índice de Força Relativa (IFR) está próximo da zona neutra.
No segmento de ETFs, os fundos de bitcoin à vista tiveram um saldo negativo de US$ 346,8 milhões, interrompendo dez pregões de entradas de capital.
Os principais saques foram colocados pelo FBTC da Fidelity e GBTC da Grayscale. Em contraste, os ETFs de ether registraram um fluxo positivo de US$ 91,9 milhões, resultando em entrada de US$ 50,4 milhões no ETHA, da BlackRock, e US$ 38,3 milhões no FETH, da Fidelity.