Bilhões de reais saíram do sistema financeiro para o mundo cripto, diz executivo do Bradesco
Bancos brasileiros, como Bradesco e BTG Pactual, estão se adaptando ao crescimento do mercado cripto, explorando regulamentações e novas tecnologias. A tokenização e o uso de stablecoins são algumas das inovações em teste para melhorar a interoperabilidade financeira no país.
Impacto do mundo cripto no Brasil
Marcel Smetana, especialista de estratégia regulatória do Bradesco, destacou durante a Febraban Tech 2025 que já há um impacto de bilhões de reais saindo do sistema financeiro tradicional para o mundo cripto no Brasil.
Smetana enfatizou a necessidade de entender os motivos pelos quais os clientes estão migrando para o cripto, como:
- Nova possibilidade de investimento,
- Alternativas para remessa internacional,
- Interesse no mundo descentralizado.
Ele observou que adaptações regulatórias são necessárias, devido à falta de regulação clara anteriormente. O Bradesco já iniciou testes com stablecoins e possui um fundo de investimento em bitcoin, além de trabalhar no projeto piloto do Drex, iniciativa do Banco Central para tokenização do sistema financeiro.
Smetana comentou sobre o uso de CDB como colateral em empréstimos no Drex e a tokenização de debêntures, ressaltando que o Brasil pode avançar em empréstimos com garantias.
André Portilho, do BTG Pactual, afirmou que, no futuro, haverá um padrão unificado de ativos financeiros em blockchain, possibilitando maior diversidade de produtos.