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BHIA3: Conselho vota plano para transformar estrutura de capital; o que está em jogo

Grupo Casas Bahia avalia transformação na estrutura de capital para reduzir endividamento e melhorar sua posição financeira. O conselho se reunirá para deliberar sobre a conversão de debêntures em ações, o que pode impactar significativamente a alavancagem da companhia.

Grupo Casas Bahia (BHIA3) se reunirá nesta quinta-feira (12) para discutir a antecipação da conversão da 2ª série de debêntures da 10ª emissão em ações ordinárias.

O objetivo é a redução do endividamento da companhia. Em caso de conversão, o novo preço da ação será 80% do preço médio ponderado por volume (VWAP) nos últimos 90 dias.

Essa mudança pode fazer a alavancagem da empresa cair para menos de 1,0 vez até 2026, ajudando a sair do prejuízo em 2027 e gerando caixa em 2028.

Além disso, a empresa planeja o reperfilamento das debêntures da 1ª série, no valor de R$ 1,67 bilhão, adiando o primeiro pagamento de juros e reformulando o cronograma de amortização.

A XP Investimentos vê a proposta como um passo positivo para a reestruturação, e a Genial Investimentos acredita que a conversão pode reprecificar o risco de crédito e aliviar a estrutura de capital.

Contudo, os acionistas atuais enfrentam uma diluição potencial de 82%, o que pode impactar a influência da família Klein, proprietária de cerca de 22% das ações.

Se a conversão ocorrer, a dívida bruta cairia de R$ 5,84 bilhões para R$ 4,27 bilhões, e a dívida líquida de R$ 3,37 bilhões para R$ 1,81 bilhão. O patrimônio líquido aumentaria de R$ 2,09 bilhões para R$ 3,66 bilhões.

Consequentemente, o índice de alavancagem passaria de 61,8% para 33,1%, e a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado recuaria de 1,6 vez para 0,8 vez.

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