Bets e construção veem efeito em cascata com IOF e dizem que brasileiro pagará a conta
Setores de apostas digitais e construção criticam aumento de tributos proposto pelo governo. Medidas podem onerar ainda mais o consumidor e afetar o financiamento de projetos.
Críticas no setor de apostas digitais e construção estão crescendo em virtude da postura do Ministério da Fazenda sobre cortes estruturais de despesas e aumento de tributos.
No setor de apostas, as empresas buscam barrar a proposta de aumento da tributação, alegando que isso pode levar à migração de usuários para plataformas informais e encarecer os jogos. A Fazenda propõe elevar a taxação de 12% para 18% sobre a receita das apostas.
O setor de construção também enfrenta desafios: o governo planeja cobrar 5% de IOF sobre letras de crédito que financiam projetos, o que pode encarecer o crédito e impactar o preço de imóveis.
Dados apontam que o setor de apostas movimentou cerca de R$ 2,8 bilhões mensais no início de 2023. Com a nova alíquota, a receita tributária poderia alcançar R$ 4 a R$ 6 bilhões anualmente.
A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) argumenta que a elevação nos tributos pode desestimular novas apostas no mercado e o risco de migração para plataformas não licenciadas.
No setor de construção, a mudança nas letras de crédito (LCI) pode resultar em um efeito de cascata, aumentando o custo do financiamento e afetando toda a cadeia produtiva.
Executivos alertam que a perda de competitividade das LCIs pode impactar a demanda e, em consequência, o financiamento de projetos no futuro. A situação exige atenção dos investidores que buscam alternativas no mercado.