‘Bets' e cassinos exploraram 35 brasileiros em situação análoga à escravidão em 2024, diz relatório

Resgate de Brasileiros: Trinta e cinco brasileiros foram resgatados em condições análogas à escravidão por empresas de apostas virtuais em 2024. Esse número supera as ocorrências de servidão (32) e adoção ilegal (9) no mesmo período.

Conduta das Empresas: As empresas oferecem vagas aparentemente legítimas, mas revelam condições de trabalho abusivas quando os trabalhadores chegam ao Sudeste Asiático.

Dados Alarmantes: Mais de 50% dos casos de tráfico internacional para trabalho escravo envolveram plataformas digitais de apostas. O último Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, publicado pelo Ministério da Justiça, destaca essa nova tendência.

Inovação no Relatório: É a primeira vez que o governo divulga dados sobre brasileiros traficados por plataformas digitais. Casos foram identificados em Filipinas, Camboja, Mianmar, Laos e cinco na Nigéria.

Apostas em Números: As apostas esportivas movimentam entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões mensais no Brasil, equivalente a 25% do faturamento do setor supermercadista em 2024.

Evento do Dia Nacional de Enfrentamento: Em 30 de julho, serão apresentadas ações sobre tráfico de pessoas no Palácio da Justiça, em Brasília.

Modus Operandi: O aliciamento ocorre principalmente através de redes sociais e conhecidos, misturando trabalho escravo e delitos virtuais.

Operação em Camaçari: A maior operação de resgate no Brasil envolveu 163 trabalhadores chineses da construtora Jinjang, contratada pela montadora BYD. Isso representa mais da metade dos 293 casos de trabalho irregular no setor de construção civil em 2024.

Ação Judicial: O Ministério Público do Trabalho moveu uma ação civil pública em 2025 contra o empregador, abrangendo 224 trabalhadores envolvidos.