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'Bebês reborn são cópia da exploração de crianças reais por seus pais nas redes sociais'

A psicanalista Thaís Basile ressalta a hipocrisia das críticas às mulheres que brincam com bonecas reborn, destacando a naturalização de hobbies masculinos. Ela argumenta que a sociedade impõe uma "maternidade compulsória", que resulta em sobrecarga emocional e limita a infância das mulheres.

Crítica ao fenômeno dos bebês reborn: A psicanalista Thaís Basile questiona as reações negativas a mulheres adultas que brincam com bonecas, contrastando com a aceitação de hobbies masculinos, como fantasias em encontros de fãs. Ela aborda a fetichização do cuidado infantil e a pressão social sobre as mulheres.

Maternalidade compulsória: Basile menciona que as mulheres são socializadas para o cuidado desde cedo, o que gera um retorno ao infantil. Ela acredita que o fenômeno dos bebês reborn é uma forma de refletir o desamparo estrutural da sociedade.

Patologização e misoginia: Críticas estão sendo direcionadas a todas as mulheres que se envolvem com os reborns, enquanto comportamentos semelhantes em homens são normalizados. Basile defende que muitas mulheres buscam um cuidado imaginário na ausência de reconhecimento e apoio.

Resultados e consequências sociais: A popularidade dos reborns pode ser vista como uma resposta à romantização da maternidade e uma denúncia das opressões enfrentadas por mães de crianças reais. Basile critica parlamentares que estão propondo leis que não trazem suporte real às mães.

Apoio à maternidade: Ela defende leis que ajudem mães reais, destacando a violência e a precariedade que enfrentam no Brasil. A atenção ao fenômeno dos reborns deve envolver uma análise mais profunda da realidade social das mulheres.

Experiências de perda: Basile acredita que os reborns podem ser úteis apenas como recursos lúdicos em contextos terapêuticos. A necessidade de políticas de acolhimento psicológico é apontada como mais importante.

Carecimento de prioridades: Ao invés de debates sobre bonecas, Basile enfatiza a urgência de implementar políticas que protejam e apoiem a maternidade na vida real, criticando a superficialidade de certos projetos de lei.

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