BDRs da JBS estreiam na B3 em alta; ações começam a ser negociadas na Nyse no dia 12

A JBS iniciou a negociação de seus Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3 (B3SA3) nesta segunda-feira (9), sinalizando uma nova fase na dupla listagem da empresa.

Às 12h50 (horário de Brasília), os ativos JBSS32 subiam 1,02%, a R$ 78,86. A operação foi finalizada após a incorporação das ações da JBS S.A. pela JBS Participações.

Com isso, as ações ordinárias da JBS (JBSS3) deixaram de ser negociadas na bolsa brasileira. A listagem das ações classe A da JBS N.V. foi aprovada pela Bolsa de Nova York (Nyse), com estreia definida para quarta-feira, 12, sob o código JBS.

A negociação dos BDRs na B3, com o código JBSS32, permite que investidores brasileiros mantenham exposição à empresa através de certificados representativos das ações da nova estrutura internacional. O início das negociações e o calendário para a listagem nos EUA foram confirmados após a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 30 de maio.

Haverá um período de isenção de taxas para conversão de BDRs em ações da Nyse, entre 11 de junho e 11 de julho, visando facilitar o acesso à nova estrutura da JBS, agora sob a forma de JBS N.V. na Holanda.

A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com mais de 250 unidades de produção em 17 países e uma base de mais de 300 mil clientes no setor de carnes.

A mudança de estrutura e a listagem dupla visam aumentar a visibilidade internacional da empresa e alinhar sua governança com sua presença global. A nova estrutura deve proporcionar maior flexibilidade para implementar estratégias de crescimento.

Com o fim das negociações da JBSS3 no Brasil, os BDRs se tornam a principal forma de acesso dos investidores locais às ações da empresa. Esses certificados replicam as ações emitidas no exterior, e os dividendos serão repassados proporcionalmente aos detentores.

Os BDRs são instrumentos usados por companhias internacionais para se estabelecerem no mercado brasileiro sem listar suas ações diretamente na B3. A Genial Investimentos vê a transição como uma oportunidade de valorização e recomenda a compra dos BDRs da JBS, prevendo que a nova estrutura aumentará a visibilidade da empresa em mercados de capitais mais líquidos, como o norte-americano.