BCE ainda não deve ceder à pressão da guerra comercial de Trump
BCE decide manter taxa de juros em 2% diante de incertezas comerciais. A reunião também será marcada pela avaliação de riscos econômicos associados à política tarifária dos EUA.
Banco Central Europeu deve adiar corte nas taxas de juros devido ao risco econômico das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Na próxima quinta-feira, espera-se que o BCE mantenha a taxa de depósito em 2%, aguardando a concretização das tarifas ameaçadas de 30% por Trump para avaliar seus efeitos.
A expectativa é de que os formuladores de política monetária adiem preocupações sobre a perspectiva econômica até as novas projeções em setembro, embora reconheçam desafios, como:
- Fortalecimento do euro, prejudicando exportadores.
- Possível crise política na França por excessivos gastos públicos.
A presidente Christine Lagarde deve reafirmar que os riscos para o crescimento estão “inclinados para o lado negativo”, segundo economistas do Morgan Stanley.
O economista David Powell acredita que a linguagem do BCE permanecerá semelhante à de junho, sem compromisso a novos cortes.
Relatórios econômicos na próxima semana, como:
- Pesquisa de crédito bancário (terça).
- Confiança do consumidor (quarta).
- Índices de gerentes de compras (quinta).
Diplomatas da UE se reunirão para discutir medidas em caso de impasse comercial com Trump, cujas negociações ainda não avançaram após encontros em Washington. As conversas continuarão pelas próximas duas semanas.