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BC vê sinais incipientes de desaceleração do PIB, mas cenário ainda é inconclusivo

Banco Central observa sinais de moderação no crescimento econômico, mas sem evidências concretas de desaceleração. Expectativas apontam para uma redução do crescimento de 3,4% para 1,9% entre 2023 e 2024, com ênfase na necessidade de cautela na política monetária.

Banco Central do Brasil observa sinais de moderação no crescimento econômico, mas sem evidências concretas de desaceleração ampla. A avaliação foi feita por Diogo Guillen, diretor de política econômica, em evento em Washington.

Guillen afirmou que a política monetária continua a funcionar e deve reduzir a pressão inflacionária ao longo do tempo. Ele previu uma diminuição do crescimento de 3,4% para 1,9% entre 2023 e 2024.

Um indício de moderação é o recuo no consumo das famílias no último trimestre. Guillen notou uma surpresa negativa no PIB e revisões positivas nos trimestres anteriores.

Ele apontou a estabilização dos indicadores de crédito e uma leve inflexão no crescimento, apesar dos juros altos. Os volumes de crédito foram maiores do que o previsto, mas já sinalizam reversão.

Quanto à inflação, os núcleos estão acima do teto da meta e há um consenso no Comitê de Política Monetária sobre a dificuldade em ancorar as expectativas inflacionárias.

No cenário internacional, Guillen considerou que a desaceleração global tem efeito limitado sobre o Brasil, impactando principalmente pelo canal financeiro. Ele estimou um efeito de 0,2 ponto percentual no crescimento do PIB nacional com uma desaceleração de 1% global.

Por último, enfatizou a cautela e flexibilidade necessárias na política monetária, especialmente em tempos de alta incerteza.

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