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BC estuda nova regulamentação para crédito imobiliário com parcelas corrigidas pela inflação

Banco Central busca inovar na amortização do crédito imobiliário, visando reduzir o impacto da inflação nas parcelas. Novas regulamentações poderão facilitar acesso a financiamento e garantir a liquidez no mercado habitacional.

Banco Central está regulamentando um novo sistema de amortização para o crédito imobiliário, focando na linha corrigida pelo IPCA.

Mesmo lançada em 2019, essa modalidade foi preterida devido a picos de inflação, resultando em inadimplência e portabilidade para juros pré-fixados ou TR.

O novo sistema visa evitar oscilações bruscas nas parcelas, transferindo aumentos do IPCA para o saldo devedor, diluindo o impacto ao longo do tempo.

Atualmente, utiliza-se o modelo Price (parcelas fixas) e SAC (parcelas decrescentes). O economista do setor bancário confirmou que a regulamentação busca prevenir problemas do passado, como os desafios vistos entre 2019 (inflação de 4%) e 2021 (10%).

O objetivo é criar alternativas sustentáveis e viabilizar a securitização para ampliar os recursos do crédito habitacional, especialmente em um cenário de escassez na caderneta de poupança.

Durante o Febraban Tech, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou que um novo modelo de financiamento será apresentado em breve. A escassez de recursos da caderneta de poupança foi destacada como uma preocupação.

A Caixa Econômica Federal reforçou a necessidade de criar soluções estruturais permanentes. Nos últimos quatro anos, a caderneta perdeu R$ 248 bilhões, resultado em queda na disponibilidade de recursos.

A caderneta representa 32% do funding para o setor, seguida por FGTS (27%) e LCIs (17%). A proposta do governo de taxar LCIs em 5% pode elevar a taxa do crédito imobiliário, preocupando empresários e consumidores.

Com imóveis prestes a ser entregues, a alta no crédito complica a conclusão dos negócios e aumenta o risco de distratos.

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