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BC estuda criar colchão de capital para bancos usarem em momentos de crise

Banco Central brasileiro avalia implementar colchão de capital para instituições financeiras em momentos de crise. O objetivo é fortalecer a resiliência financeira e mitigar impactos negativos na oferta de crédito durante períodos adversos.

Banco Central do Brasil estuda mudanças na política de capital das instituições financeiras, criando um colchão de capital para crises, como a da pandemia de Covid.

O Comef (Comitê de Estabilidade Financeira) discute a nova política, com reunião marcada para os dias 19 e 20 de agosto. A proposta é elevar a taxa de ACCPBrasil (Adicional Contracíclico de Capital Principal) de 0% para um valor positivo.

O objetivo é aumentar a capacidade de alavancagem dos bancos, garantindo recursos suficientes em momentos de retração econômica, mantendo o fluxo de crédito. O Comef afirma que isso ajudará a absorver perdas durante crises ou eventos inesperados.

Com a taxa neutra positiva, o BC teria mais flexibilidade para ajustar o buffer de capital contracíclico. Em caso de aumento do ACCP, as instituições terão 12 meses para se adequar; para redução, o capital é liberado imediatamente.

Experiências internacionais, como o Reino Unido, estão sendo consideradas. O Banco da Inglaterra, por exemplo, fixou a taxa neutra positiva em 2%. No Brasil, o BC analisa a mudança em um contexto de resiliência econômica, com crescimento de 1,4% no PIB e geração de 257,5 mil vagas em abril.

Apesar do crescimento do crédito ainda elevado, há uma preocupação com a qualidade das concessões e o alto endividamento das famílias, especialmente as de menor renda. O Comef observa que o crescimento de crédito apresentou sinais de desaceleração leve no primeiro trimestre, requerendo cautela adicional.

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