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BC está convencido de que política monetária está contracionista, diz diretor

Banco Central reafirma estratégia contracionista em meio a alta incerteza econômica. Diretores ressaltam desafios na inflação de serviços e a importância da atuação fiscal para 2026.

Nilton David, diretor de política monetária do Banco Central (BC), declarou que a política monetária está em posição contracionista. A afirmação foi feita durante evento do J.P. Morgan em Washington.

Segundo David, o cenário atual é inusual e de alta incerteza. Ele mencionou que a inflação no setor de serviços tem sido persistente, tendendo a crescer acima do IPCA, sendo lenta para reagir às taxas de juros.

Sobre o impulso fiscal do governo, David comentou que espera mudanças em relação ao ano anterior e mencionou que estados e municípios terão um papel importante em 2026.

O diretor ressaltou que o contracionismo da política monetária não é uma antecipação de surpresa, mas sim uma resposta às expectativas do mercado. Ele também mencionou que a colateralização do crédito consignado é positiva, pois reduz custos de empréstimo e torna as taxas mais sensíveis à política monetária, embora o impacto ainda não esteja claro.

Em relação ao câmbio, David explicou que o BC intervém quando há disfuncionalidade, enfatizando que a moeda é flutuante. Ele comparou a volatilidade do Brasil e do México, afirmando que o Brasil é menos volátil.

Discutindo a "forward guidance", David expressou ceticismo, destacando a necessidade de certeza em direções futuras. Ele mencionou que a última alta da Selic teve como objetivo estabelecer uma postura significativamente contracionista.

Por fim, David reiterou que o objetivo do BC é controlar a inflação com o menor custo social possível, alertando sobre os riscos de uma "deformação permanente" de preços se as metas não forem atingidas rapidamente.

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