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BC e bancos discutem ‘funding’ imobiliário

Banco Central e instituições financeiras exploram alternativas para fomentar o crédito imobiliário diante da queda na captação da poupança. Medidas como a securitização de carteiras e ajustes nos depósitos compulsórios estão em discussão, mas o cenário de juros altos dificulta a implementação imediata.

Banco Central e instituições financeiras estão explorando opções para ampliar o funding do financiamento imobiliário, incluindo a securitização de carteiras e revisão dos depósitos compulsórios da poupança.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, pretende anunciar um novo modelo de financiamento que funcione como ponte entre poupança e mercado.

O projeto envolve a criação de um mercado secundário onde bancos venderiam partes de suas carteiras de crédito imobiliário na forma de certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Porém, os baixos juros atuais dificultam essa transação.

A Caixa Econômica Federal, líder em crédito imobiliário, também está considerando a securitização, mas vê dificuldades devido aos juros altos.

Entre as soluções imediatas, destaca-se a possível mudança na fórmula dos depósitos compulsórios, além de uma proposta de reduzir a parcela a ser recolhida ao BC.

Adicionalmente, existe um pleito para que as letras de crédito imobiliárias (LCI) retornem ao prazo mínimo de três meses.

A estrutura de funding da poupança caiu de 39% em 2022 para 32% em 2023, enquanto outras fontes, como LCI e CRI, têm crescido.

Embora mudanças como a alteração do indexador da poupança já tenham sido cogitadas, atualmente estão descartadas para não provocar mais resgates.

A discussão sobre a sustentabilidade da poupança é fundamental, especialmente com a alta da Selic, que leva investidores a buscar alternativas no mercado imobiliário.

O Banco Central ainda não se manifestou sobre as propostas em andamento.

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