BBAS3: o que fez a ação do Banco do Brasil sair da estabilidade e cair 7% nesta sexta
Ações do Banco do Brasil despencam após divulgação de resultados fracos e preocupações com a inadimplência no agronegócio. Analistas revisam previsões de lucro e alertam para desafios estruturais que podem impactar o desempenho da instituição.
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam dificuldades na Bolsa, com quedas consecutivas devido à perspectiva de resultados negativos no 2T25.
Nesta sexta-feira (1), as ações estavam estáveis até às 15h30, quando caíram 6,52%, fechando em R$ 18,35, uma queda total de 6,85%.
Entre os fatores que contribuíram para a queda, estão:
- Revisões negativas por instituições financeiras
- Temores relacionados à Lei Magnitsky e sanções a Alexandre de Moraes
Dados divulgados pelo Banco Central mostraram um lucro líquido fraco de R$ 516 milhões em maio, muito abaixo da projeção de R$ 4,89 bilhões do Bradesco BBI.
O Morgan Stanley previu um lucro ainda menor, de R$ 3,345 bilhões, devido a problemas com a inadimplência no agronegócio.
O BTG Pactual cortou as previsões de lucro do BB e reduziu o preço-alvo de R$ 30 para R$ 24, apontando deterioração na carteira de crédito agrícola.
Os analistas destacam que a deterioração do segmento agro é impulsionada por fatores cíclicos e estruturais, incluindo aumento do endividamento dos produtores e desafios com preços e clima.
Além disso, a lei 14.112/20 facilita a recuperação judicial, o que tem aumentado a inadimplência entre novos produtores que não são clientes tradicionais do BB.