Baterias ficam para depois do leilão de reserva de capacidade, diz secretário do MME
Leilão para baterias no Brasil será adiado para após 2026, conforme análise do MME. Especialistas pedem regulação clara e política industrial para garantir viabilidade do armazenamento de energia.
Expectativa de leilão para baterias em 2026: O secretário-executivo adjunto do MME, Fernando Colli, anunciou que o leilão exclusivo para baterias ocorrerá após o LRCap, apenas depois de 2026.
Regulação pela Aneel: Colli ressaltou a necessidade de regulação da Aneel antes do leilão, especialmente sobre o uso do sistema e a definição de tarifas. “Esses pontos são importantes que a Aneel defina”, afirmou.
A Atlas Renewable Energy, com sistemas no Chile, enfatiza a importância de uma regulação abrangente. O general manager da empresa no Brasil, Fábio Bortoluzo, pede uma política industrial e tributária atrativa, visto que atualmente a carga tributária na importação é de 70%.
A ISA Energia, que opera um sistema de armazenamento em São Paulo, concorda que as baterias podem oferecer diversos serviços. O diretor-presidente, Rui Chammas, alerta sobre a possível complexidade na remuneração dos serviços prestados pelas baterias e os impactos no custo do sistema.
Questões locacionais: Chammas destaca que a falta de sinal locacional pode levar à instalação de baterias em regiões incentivadas, mas distantes dos centros de carga.
Foco no curtailment: O professor Nivalde de Castro acredita que o primeiro leilão deve abordar o curtailment, essencial para harmonizar o setor elétrico brasileiro. Ele prevê que o armazenamento será cada vez mais necessário devido à crescente geração renovável.