Bastidores: Hugo Motta ‘segura a onda’ da oposição, veta urgência do IOF e dá respiro a Haddad
Hugo Motta adia votação sobre aumento do IOF e garante prazo para que governo apresente alternativas. A oposição aceita a situação, mas pressão aumenta devido à insatisfação com a alta de impostos.
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), “segurou a onda” da oposição em reunião do Colégio de Líderes sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Deputados contrários ao governo Lula queriam votar a urgência para derrubar o decreto, mas Motta vetou a proposta. Um novo debate será realizado no dia 10 de junho.
Líderes da Casa afirmaram que a oposição não teve opção além de aceitar o prazo que Motta deu ao governo para apresentar uma alternativa ao aumento do IOF.
A expectativa é que a polêmica diminua na próxima semana devido ao Fórum Parlamentar do Brics, fazendo com que as votações ocorram apenas presencialmente.
A avaliação é que Motta demonstra lealdade ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apesar da pressão da oposição e do setor produtivo.
Além disso, o encontro entre Motta, o presidente do Senado Davi Alcolumbre, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuiu para distensionar a situação.
Após o encontro, Motta ressaltou que Lula deve participar mais do debate sobre o IOF e afirmou que os brasileiros estão cansados de aumentos de impostos.
O Palácio do Planalto ameaça congelar emendas caso perca receita do aumento do IOF, o que prejudicaria parlamentares, mas esse conflito ficou em segundo plano com o compromisso da Fazenda em encontrar soluções.