Barroso classifica como “incultura” críticas por jantar beneficente com CEO do IFood
Barroso justifica participação em jantar beneficente e critica comentários negativos. Evento arrecadou recursos para bolsas de estudo de candidatos negros na magistratura e gerou polêmica devido à relação do iFood com o STF.
Barroso defende jantar beneficente realizado na casa do CEO do iFood, Diego Barreto, com objetivo de arrecadar fundos para bolsas de estudo a candidatos negros na magistratura.
Durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barroso respondeu a críticas sobre a confraternização, cuja gravação circulou nas redes sociais. No vídeo, ele aparece cantando ao lado de Barreto.
O ministro afirmou: “No Brasil existem duas grandes categorias de pessoas: as que fazem alguma coisa e as que têm razão.” Ele ressaltou a importância da ação afirmativa e criticou a desinformação.
O jantar arrecadou recursos para o Programa CNJ de Ação Afirmativa, que conta com parceria da Fundação Getulio Vargas (FGV) e apoio de empresas privadas. Atualmente, 96 bolsistas recebem R$ 3 mil mensais para se prepararem para o concurso de juiz, com meta de alcançar 100 bolsas.
O programa é voltado para candidatos negros e indígenas, com ou sem deficiência, já aprovados no Exame Nacional da Magistratura. A ação é respaldada pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Igualdade Racial.
As críticas aumentaram, pois o iFood está envolvido em uma ação no STF sobre vínculo empregatício entre trabalhadores de aplicativos, participação como amicus curiae. A relatoria do caso é do ministro Edson Fachin, e Barroso decidirá a data do julgamento.
Em nota, Diego Barreto afirmou que o jantar foi uma iniciativa pessoal, visando captar apoios da sociedade civil, reunindo cerca de 60 pessoas, incluindo magistrados e representantes de ONGs e startups.