Barroso cita excesso de processos e “epidemia de judicialização”
Ministro Barroso destaca a sobrecarga do Judiciário com 93,8 milhões de processos e a necessidade de celeridade e qualidade nas decisões. Anuário da Justiça aponta para um aumento na litigiosidade, refletindo a crescente demanda da sociedade pelo sistema judiciário.
Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, informou que há uma “epidemia de judicialização” no Brasil.
O número de processos no Judiciário chegou a 93,8 milhões até o final de 2024, um dos maiores do mundo.
Barroso destacou que essa quantidade dificulta a celeridade e a qualidade das decisões, afirmando que “não há questão minimamente relevante no país que não chegue aqui em algum momento”.
As declarações foram feitas durante o lançamento da 19ª edição do Anuário da Justiça, publicado pela ConJur desde 2007.
Este ano, o anuário é intitulado “Opção pelo litígio – Sociedade demanda cada vez mais o Judiciário”, refletindo as dificuldades e méritos do sistema judicial.
Segundo o levantamento, o Judiciário proferiu 44 milhões de decisões em um ano. Cada juiz analisou, em média, mais de 2.300 processos, ou cerca de 9 por dia útil.