Bancos reclamam de falta de diálogo do governo sobre IOF; impacto no crédito é incerto
Setor bancário expressa indignação após aumento inesperado do IOF, alertando para riscos ao crédito. Governo recua sobre alíquota aplicada a investimentos no exterior, mas impactos na economia ainda são debatidos.
Governo aumenta IOF e surpreende setor bancário.
Lideranças do setor criticam a falta de diálogo do Ministério da Fazenda e o pouco tempo para implementar mudanças.
Comentários de executivos destacam a inadequação do timing e o impacto nas operações. "Incrível o nível de falta de diálogo", diz um líder setorial.
Após reações negativas, o governo decidiu manter a alíquota do IOF sobre investimentos no exterior em zero, revertendo a proposta de aumento para 3,5%.
Criticas de especialistas, como o ex-diretor do Banco Central Tony Volpon, alertaram para um possível controle de capital.
Uma nota circulante, atribuída à Anbima, critica os efeitos da nova alíquota e a insegurança jurídica gerada.
Executivo destaca que a mudança poderá desestruturar o setor varejista e aumentar a inadimplência, com diretrizes ameaçando empregos e arrecadação.
A ABBC alerta que o aumento do imposto pressionará a renda e afetará os setores produtivos. A Febraban ainda não comentou.
Analistas do Citi identificam três impactos potenciais:
- Taxas de juros elevadas para empréstimos, podendo aumentar a inadimplência.
- Alterações mínimas na utilização de cartões.
- Menor contribuição de indivíduos de alta renda para fundos de pensão.
Os analistas afirmam que ainda é cedo para quantificar os efeitos desse aumento.