Bancos de Wall Street veem recuo do PIB dos EUA após déficit comercial atingir recorde
Déficit histórico nas importações dos EUA leva a previsões de recuo no PIB. Economistas alertam que os dados podem distorcer a real saúde da economia no primeiro trimestre de 2025.
Déficit Comercial dos EUA Bate Recorde: Em março, o déficit comercial de bens disparou para US$ 162 bilhões, o maior desde os anos 90, devido a uma corrida para estocar importações antes das tarifas de Donald Trump.
Após a revelação dos dados, economistas como Morgan Stanley, Goldman Sachs e JPMorgan preveem uma contração do PIB no primeiro trimestre de 2024.
Dados Importantes:
- Aumento de US$ 92,8 bilhões no déficit comercial em março.
- Alterações nas previsões do PIB: Morgan Stanley (-1,4%), Goldman Sachs (-0,8%), JPMorgan (-1,75%).
- Aumento nas importações, especialmente de produtos duráveis.
Segundo Oliver Allen, as tarifas provocaram uma corrida para adquirir bens, elevando surpreendentemente as importações.
Expectativas de Crescimento: Antes dos dados, analistas esperavam uma taxa de crescimento anualizada de 0,3%, abaixo de 2,4% no último trimestre do ano passado.
Pesquisadores alertam que os números do PIB devem ser distorcidos devido ao acúmulo de estoques pré-tarifas. Isabelle Mateos y Lago, do BNP Paribas, acredita que os dados “refletirão, em grande parte, a soma das importações.”
Tarifas e Mercados: Trump implementou tarifas em 2 de abril, afetando os mercados de ações e aumentando o custo de financiamento do governo.
Ainda assim, Scott Bessent, secretário do Tesouro, minimizou preocupações sobre a cadeia de suprimentos, mencionando que os varejistas estão se preparando adequadamente.
Perspectivas Finais: Economistas esperam uma reversão parcial no segundo trimestre, com a diminuição das importações elevando o PIB. Alguns portos, como Los Angeles, já relatam queda nos volumes de carga.
James Knightley, do ING Bank, indica que este é um grande esforço de estocagem, e que espera uma desaceleração nos dados comerciais em breve.